Sinto falta daqueles barbantes que vinham nos embrulhos de pães! Eles sumiram e deram lugar aos sacos, tão práticos, mas tão sem graça, um SACO! Automaticamente eu me lembrei da minha época de escola, especialmente da hora do recreio. A maioria, como hoje, jogava volley, mas havia alguns que brincavam com ioiô, pulavam elástico e uns poucos que adoravam brincar com barbante. Eu achava, dentre outras coisas, o nome interessante. Acho que desde que me entendo por gente, sempre gostei do que aparentemente parecia destoar e do investigar também... Entro no túnel invitável do tempo, volto à minha infância e noto que aquele passa e o repassa imaginário do barbante por entre os dedos faz com que meus dedos também se animem, magicamente. Percorri mãos e minhas lembranças repetiram aqueles movimentos que eu conhecia tão bem. Desde novinha todo aquele gostoso desafio da troca me seduzia... Sempre desconfiei de que ali se trocava muita energia, mas hoje não desconfio mais: tenho absoluta certeza! Sei que recebi a energia de muitas mãos através dessa brincadeira (que até hoje não sei o nome) e deixei muito do meu eu nelas. Ainda hoje brinco com meus barbantes invisíveis, só que tem hora que eles parecem não me bastar... Aí, nestas horas de infindáveis insatisfações adultas, fico me perguntando o que posso fazer para amenizar isso... Um dia eu descobrirei esse enigma e talvez os pães se recusem a vir em sacos...!!!
BOM FDS A TODOS...bjosdeluz!
