De que você tem medo?

Medo, aquele sentimento que faz piscar a luz vermelha e tocar as sirenes, demonstrando o receio sobre alguma coisa. O sentimento que levamos desde pequenos conosco. Pode ser algo superável, bobo, que depois irá nos proporcionar bons risos, mas pode ser também algo que você não consiga soltar por mais que você tente. Todos nós sentimos medo. Quem nunca sentiu medo do escuro, ou do monstro do armário? Alguns têm medo de altura, outros de animais, lugares fechados e até medo de ‘água’. Medo de perder pessoas queridas, de perder o trabalho. Pode parecer à coisa mais banal do mundo para as outras pessoas, mas só quem sente medo de verdade sabe. Esses dias me deparei com uma realidade engraçada. Tenho medo de algo que é inevitável: o futuro. Não tenho medo de morrer, até porque essa é a única certeza do futuro. Todos nós um dia partiremos. O que me gera medo é justamente o contrário, tenho medo da incerteza que o futuro me traz. Parece que quanto mais velha eu fico mais vou me decepcionando com as pessoas, mais perto da realidade eu chego e isso me traz muito medo. Não quero mentiras perto de mim, de maneira alguma, mas tenho medo de perceber o quanto a vida é difícil, tenho medo das mil quinhentas e noventa e sete responsabilidades sobre a minha cabeça. Tenho medo da cobrança dos que estão a minha volta e principalmente de não dar conta das expectativas sobre mim. Tenho medo de desapontar aqueles que eu amo. Estou tentando ser mais calma, mais otimista, não reclamar tanto (isso vale por aqui também, prometo), mas eu sou humana, eu erro, tenho pesadelos e medos. Quero deixar as coisas acontecerem e acreditar que tudo na vida tem um destino, que tudo que “for pra ser, será”, mas sempre há aquela dúvida, aquele sentimento dentro de mim...E você, do que tem medo?

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Deixa eu tocar a sua alma?

As pessoas adoram rotular todo mundo que é diferente, que pensa diferente, enfim que faz qualquer coisa fora do padrão. E ter um pensamento menos materialista e mais coletivo é algo que destoa por isso causa estranhamento. Os diferentes são sempre motivos de piada. Ruim só é quando nos importamos com isso. Porque ser diferente é o que faz a diferença nesse mundinho dos mais ou menos. Enquanto todos são comuns e automáticos você inventa as suas roupas, constrói seus brinquedos, desobedece a gravidade, destrói o obvio e multiplica as sensações. Em face disso muitos são exilados, outros taxados de loucos e a maioria é visto como esquisito. Isso chateia no começo, mas depois achamos a maior graça disso. Os diferentes são considerados perigosos para a sociedade porque já pensou se todo mundo resolver ser diferente? O que será dos políticos populistas? O que será dos valores tradicionais? O que será dos produtos de consumo em massa? Seria mesmo possível desenvolver um carro para cada pessoa que resolvesse ter um do seu jeito? E se eu quiser um automóvel com uma porta de cada cor e com teto ?lunar? Claro terei que construí-lo. O que existe hoje são produtos que vendem a idéia que você com aquele perfil de consumidor ao ser proprietário de determinado bem, considerado objeto de desejo da maioria, fará parte do clube dos bens sucedidos. Simples técnicas de marketing. O que é ? Socialismo? O Socialismo é um sistema sociopolítico, que afeta a sociedade em todos os níveis, que é caracterizado pela apropriação dos meios de produção pela coletividade. Ou seja, o estado é dono das empresas e abolida propriedade privada destes meios, todos se tornariam trabalhadores, tomando parte na produção, e as desigualdades sociais tenderiam a ser diminuídas, uma vez que a produção poderia ser igualmente distribuída. O caso que é o sistema político e o país que mais empunhou esse ideal com destaque foi a antiga União Soviética. E todos nós sabemos o que aconteceu com eles. Ainda há Cuba que submete seu povo a uma vergonhosa miséria onde deveria ter alegria. Dá errado porque se não tem burguesia tem burocracia. E se a exploração não é feita pelos empresários é absurdamente exercida por? burrocratas? da família Fidel Castro. E tem também a China que é um comunismo falsificado e hipócrita que prática forma de controle cruel sobre a liberdade de expressão daquelas milhões de pessoas inteligentes e que sonham muito em dizer o que pensam e serem plenas de suas liberdades. O socialismo ideologicamente sonhava com o fim das classes sociais, na prática isso nunca existiu e jamais existirá. As paixões materialistas humanas sempre vão existir, elas são naturais a todos nós. A crítica é sempre ao exagero, ao mal uso das coisas que se adquirem com dinheiro, a ganância, a cobiça e a ambição desenfreada. A propriedade privada quando legitima(que o nobre deputado Edmar Moreira que construiu um Castelo no interior de Minas Gerais não está incluído) deve sim ser preservada, o que se conquista com o suor do próprio rosto é abençoado. O capitalismo tem em seus conceitos coisas maravilhosas, como o livre-comércio, a competição entre as empresas para oferecerem os melhores serviços e a possibilidade de se prosperar a custa dos nossos próprios esforços. Para tanto nós espontaneamente dirigimos toda a nossa energia no sentido de acumular capital que será usado para comprar o que precisamos. Ou mais. E é por causa desse exagero que nesse mundo de expiações e provações ele causa muito sofrimento. Depois da Revolução Francesa, que pregou maravilhosos ideais como Liberdade, Fraternidade e Igualdade e transformou o mundo a partir de 1789, seria necessária uma Revolução espiritual, onde a alma das pessoas fosse levada em consideração. A alma é a parte de você que existe além da matéria, além de seu corpo e de seus cinco sentidos. E a única forma de ver a alma de alguém é conhecendo seus sentimentos mais profundos. A arte é uma maneira de conhecer a alma das pessoas, por isso tantos filmes, livros, peças de teatro, músicas, esculturas, quadros, enfim toda manifestação artística sempre tentou demonstrar que somos feitos muito mais do que carne e osso. É fácil olhar e não te ver, por isso deixa eu ver sua alma?Deixa eu tocar a sua alma?

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