segunda-feira, 1 de setembro de 2008

CÉU...


Acho que todos, um dia, já chegamos ao ponto de olhar para o céu e procurar respostas. Também consolo, talvez. A vida aqui na terra por vezes é tão díficil. Por vezes, aqui, por entre os mortais é difícil respirar. Pode chegar a doer. É como quando choramos muito e chega uma altura que é dificil deixar de chorar, e perdemos a fala, perdemos o pulso...perdemos mesmo a ligação à vida...por um segundo. E então, abre-se um pequena ferida na alma. Estas feridas na alma que me vão distanciando da vida, mas ao mesmo tempo me prendendo, são dolorosas. Como se pequenos punhais estivessem constantementes cravados em mim, que me fazem desejar morrer. Mas são invisivéis a quem me rodeia. E eles não percebem o porquê deste desespero, deste desejo de morrer. São alguns deles que me cravam estas lâminas afiadas na alma, e nem sequer reparam que me dói. Tanto egoismo, tanto sadismo... Que irmãos são estes que não me protegem? Que irmãos são estes que me matam aos poucos? Pobre dos humanos que ainda não sabem o que é fraternidade, amizade, amor. Pobre de quem é materialista. Pobre de quem é pobre, pobre de quem não tem nada! Quando olho para o céu busco as minhas respostas. Pergunto o que é dos filhos de Deus, pergunto porquê tanta loucura foi inventada, para que precisamos dela? Pergunto se me podem aliviar a dor. E digo que as feridas não sangram, mas despedaçam e são fundas. Pergunto quando me vem salvar. Quando? E peço a benção de Deus...mesmo sabendo que talvez não seja digna dela. Respostas não obtenho nenhumas. Silêncio, só silêncio. Talvez seja essa a resposta. Talvez seja eu quem não saiba decifrar o silêncio.

Procuro salvação. Há alguém que me limpe as feridas? Há alguém que me resgate para a vida?

Há alguem que saiba quem sou?...(¨,)