sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eu serei, eu serei, eu serei livre...


Eu sempre quis ser um gigante, não semelhante a Golias, mas igual a Davi. Um gigante que não precisa se apoiar nos ombros ou pisar na cabeça dos outros para se sentir mais alto, mas um gigante capaz de tocar as estrelas com as mãos, se deitar nas nuvens e abraçar o sol. Um gigante capaz de remover as mais pesadas pedras do caminho, com força suficiente para derrubar as muralhas que o impedem de chegar onde quer chegar. Um gigante capaz de conquistar as montanhas mais altas, um gigante capaz de superar o medo da vida, capaz de andar sobre os mares e derrotar os mais perversos dos inimigos. Um Gigante capaz de triunfar sobre as feridas da alma, que rouba um pouco do brilho da lua, colhe cometas só pra fazer para ela um agrado. Um gigante que sempre olha nos olhos e que tem paixão suficiente em seu coração para iluminar a mais escura das trevas. Um gigante capaz de tombar e fazer tremer o chão com sua queda, mas com força suficiente para se levantar e ir ainda mais alto, e saltar ainda mais alto. Um gigante que vê o mortificar de seu corpo, mas que renascerá através do poder de seu espírito. Um gigante com nobreza suficiente para superar todas as humilhações, para aceitar as derrotas de cabeça erguida e corrigir os próprios erros nas próximas batalhas. Um gigante capaz de ter sempre um sorriso quando estiver diante de alguém que chora. Eu quero ser um gigante que tenha coragem de enfrentar todos os desafios que se colocarem diante de mim, apesar de ser um gigante, não quero ver os outros menores do que eu, apenas quero ser um gigante para cumprir a minha missão. O desejo do meu gigantismo na verdade não é ser grande em tamanho, mas fazer coisas grandes, ter um ímpeto gigantesco capaz de superar os limites do corpo com os poderes do pensamento e com os dons do coração.E assim me sentir livre e voar por todo universo como uma onda magnética, como uma energia em movimento constante e infinito.

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Tempo certo das coisas...


Tudo tem sua hora. Por que não respeitamos isso? Por que desejamos conduzir as coisas da nossa forma e temos tanta ansiedade para que tudo se resolva logo? Quando encontramos alguém queremos logo conhecer a pessoa, desvendar os seus mistérios e descobrir se ela ou ele é confiável ou não. Mas de onde vem a confiança senão da ação do tempo que mostra quem são as pessoas e o valor das coisas? Temos que aceitar a ação do tempo. Aprender a esperar é uma arte e uma grande evolução espiritual para um mundo em que tudo tem prazo, de validade inclusive. Precisamos tanto assumir o controle das coisas que não permitimos que as coisas durem mais do que supostamente deveriam. Temos pressa de que tudo termine, e não entendemos por que esperar? Por que amadurecer? Nos esquecendo que frutas consumidas antes da hora se tornam rígidas e sem gosto. Verdadeiros venenos para o paladar e a saúde. O tempo, como dizem os Mestres, é um grande escultor e a paciência o seu cinzel. Mas o que fazer com a nossa personalidade tão desejosa de exercer o controle e cristalizar os fracassos e derrotas? Há muitos anos, aprendi que devemos trabalhar com metas. E essa verdade assumida temerosamente por mim doeu muito em meu interior porque na época não sabia o que fazer, não tinha metas, portanto, também não sabia ao certo o que desejar. Como fazer planos para o futuro se as coisas do meu presente não eram claras?Devo confessar que essa história de planejar já me perturbou muito. Várias vezes invejei quem tinha uma idéia concreta do que faria da vida, mas fui percebendo que muita gente não sabia prever o futuro e que não estava sozinha nesta situação de não saber como conduzir a minha história. Felizmente, o caminho espiritual se abriu e todo o meu investimento e estudo nessa área me trouxe compreensão e contentamento. Aprendi com os Mestres que temos que viver lindamente o momento presente fazendo o melhor. Sendo feliz, tratando bem as pessoas. E mesmo que estejamos atravessando adversidades, precisamos nos manter otimistas. Lembre-se que nem sequer uma folha cai da árvore se não for da vontade divina, o que será então de nossa vida? Será que não existe uma força maior cuidando de nós, controlando os caminhos insondáveis do nosso destino?
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

As castas indianas...


Como sou formada em história e simplesmente adoro esta matéria, não poderia deixar de escrever um pouco sobre a India e suas castas, já que temos atualmente uma novela na rede globo passando sobre este assunto.

Na sociedade liberal, vivemos em uma cultura onde muitos acreditam que qualquer um pode ascender em termos sociais e econômicos por meio das riquezas acumuladas. Contudo, na Índia, trabalho e riqueza são parâmetros insuficientes para que possamos compreender a ordenação que configura a posição ocupada por cada indivíduo. Nesse país, o chamado regime de castas se utiliza de critérios de natureza religiosa e hereditária para formar seus grupos sociais. Segundo algumas pesquisas, o regime de castas vigora a mais de 2600 anos na Índia e tem origem no processo de ocupação dessa região. A primeira distinção desse sistema aconteceu por volta de 600 a.C., quando os arianos foram diferenciados dos habitantes mais antigos e de pele mais escura pelo termo “varna”, que significa “de cor”. A partir de tal diferenciação, os varna foram socialmente ordenados de acordo com cada uma das partes do corpo de Brahma, o Deus Supremo da religião hindu. No topo dessa hierarquia, representando a boca de Brahma, estão os brahmin. Em termos numéricos representam apenas 15% da população indiana e exercem as funções de sacerdotes, professores e filósofos. Segundo consta, somente uma pessoa da classe brahmin tem autoridade para organizar os cultos religiosos e repassar os ensinamentos sagrados para o restante da população.Logo abaixo, vêm os kshatriya que, segundo a tradição, seriam originários dos braços de Brahma. Estes exercem as funções de natureza política e militar e estão diretamente subordinados pelas diretrizes repassadas pelos brâmanes. Apesar desse fato, em diversos momentos da história indiana, os kshatriya organizaram levantes e motins contra as ordenações vindas de seus superiores. Compondo a base do sistema de castas indiano, ainda temos os vaishas e shudras. Os primeiros representam as coxas do Deus Supremo e têm como função primordial realizar as atividades comerciais e a agricultura. Já os shudras estabelecem uma ampla classe composta por camponeses, operários e artesãos que simbolizam os pés de Brahma. Há pouco tempo, nenhum membro desta casta tinha permissão para conhecer os ensinamentos hindus.Paralelamente, existem outras duas classes que organizam a população indiana para fora da ordem estabelecida pelas castas. Os dalit, também conhecidos como párias, são todos aqueles que violaram o sistema de castas por meio da infração de alguma regra social. Em conseqüência, realizam trabalhos considerados desprezíveis, como a limpeza de esgotos, o recolhimento do lixo e o manejo com os mortos. Uma vez rebaixado como dalit, a pessoa coloca todos seus descendentes nesta mesma posição. Os jatis são aqueles que não se enquadram em nenhuma das regras mais gerais estabelecidas pelo sistema de castas. Apesar de não integrarem nenhuma casta específica, têm a preocupação de obterem reconhecimento das castas superiores adotando alguns hábitos cultivados pelos brâmanes, por exemplo. Geralmente, um jati exerce uma profissão liberal herdada de seus progenitores e não resignificada pela tradição hindu. Oficialmente, desde quando a Índia adotou uma constituição em 1950, o sistema de castas foi abolido em todo o território. Contudo, as tradições e a forte religiosidade ainda resistem às ações governamentais e transformações econômicas que atingem a realidade presente dos indianos. Enquanto isso, o regime tradicional já contabiliza mais de três mil classes e subclasses que organizam esse complexo sistema de segmentação da sociedade indiana.

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Inadaptação ao mundo...


O que conhecemos por internet tornou possível que o mundo seja um lugar sem fronteiras para as palavras, agradeço a Deus por ter aberto milhares de janelas ao redor do planeta. Através das mãos transmito o que vai em meu pensamento. "World Wide Web" rede mundial ampla, a teia de mensagens, de comunicações, de pensamentos, de sentimentos, de amizades e de amores. A internet deixou de ser uma rede de computadores e tornou-se uma rede de pessoas. Eu me liguei em você através das palavras, pelos desejos do meu coração estou conectada a ti além dessa dimensão, e estar conectados nos prolonga a vida e não apenas adiciona anos à vida, mas vida aos nossos anos. Sou uma anônima que entra todos os dias na sua vida e o grau de realidade que me define e que te define pra mim é um só. A necessidade de fugir dessa ilha de solidão, a necessidade de viver em outras pessoas, de entrar no pensamento delas e de fazer parte de suas vidas. Pertencer a esse mundo nos faz sentir em certos momentos que não se concorda com o que acontece nele. Ficamos revoltados. Provoca na gente uma reação. Contra a morte dos sonhos e contra a morte da luz. Ficamos insatisfeitos como tudo que é mundano, automático e materialista. Queremos nos insurgir contra essa lógica perversa. Criar é querer ser imortal, porque sabemos que um dia vamos morrer, que esse corpo como somos conhecidos padecerá e a única importância que temos é ter feito valer a pena fazer parte de tudo isso. Ser rebelde não é destruir, é propor uma nova forma, uma nova ordem, uma nova maneira de ver as coisas. Sócrates, o filosofo, foi rebelde e o condenaram a tomar Cicuta(veneno), Joana d´Arc foi rebelde e a queimaram numa fogueira. Jesus Cristo foi rebelde e foi crucificado. A escrita é a rebeldia da alma que não se contenta com si mesma, quer fazer parte do mundo todo, de outras almas, sempre.

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Enquanto penso...


Ouço dizer que não considero mais o cérebro a sede de meu pensamento. Ele existe muito além da minha cabeça. Pulsa até mesmo fora de meu corpo. Meras manifestações nervosas e neurais não são suficientes para explicá-lo. Transcende as propriedades da matéria o que penso.Pensar, desejar, escrever, se emocionar e expressar sentimentos não são meras manifestações bioquímicas do cérebro, "O desejo é expresso na carícia, o pensamento com a linguagem" disse Jean-Paul Sartre. O pensamento é materializado com os atos. Só assim pode ser localizado.Tenho sentido que sou eu quem fabrico minhas próprias dores em contraposição que não sou eu quem produz meu prazer, para tanto, preciso dele. Mas não quero exercer meu poder egocêntrico sobre ele. Que seja espontâneo. Porque ele me ensinou um novo tipo de coragem. O uso do corpo não para demonstrar poder, mas para o cultivo da sensibilidade. Aprendi a pensar com o corpo. Ele me ensinou a ouvir com o corpo a música que a natureza toca continuamente. Ao invés de usar o meu corpo como exercício de poder sobre o outro tenho aprendido a usá-lo como uma maneira de criar empatia, a expressão do meu eu como um objeto de arte e uma fonte de prazer. Ao pensar tomo parte do universo, é mais fácil desnudar o corpo físico do que a mente, o espírito, a alma. É muito mais fácil compartilhar o corpo do que os sonhos, as fantasias, as loucuras. A vulnerabilidade nos torna covardes. O nosso coração é capaz de nos levar ao paraíso, porém também é capaz de nos destruir. Para vencer não adianta só essa história de "ser nós mesmos". É preciso participar da alma dos outros.O meu cérebro é o símbolo do solitário, algo que vive apenas para si, o órgão que garante a minha sobrevivência. Porém a mente, o meu pensamento é o signo da solidariedade, "viver entre muita gente" ainda que de longe, mas sempre por dentro. Se a dúvida, entre o que é certo e o que errado, entre o que é bom para mim e o que não é, ainda não me matou, hoje eu me tornei mais forte.
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Caim e Abel...


Na busca por atitudes mais sensatas busco respostas. A bíblia cita em Gênesis Capitulo 4 a jornada dos irmãos Caim e Abel.Os dois filhos de Eva tinham personalidades diferentes e quando estes apresentaram suas ofertas a Deus o senhor se agradou mais das de Abel porque ela foi oferecida com fé, em face da declaração bíblica de que "pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício de maior valor do que Caim." Uma possível interpretação disso é que Caim apresentou sua oferta apenas como mera formalidade enquanto Abel o fez com devoção e respeito por Deus. Então tomado pelo ciúme por ter sido preterido, Caim armou uma armadilha para seu irmão. Sugeriu que ele e Abel fossem ao campo e lá chegando, Caim matou seu irmão. (Gênesis 4:8). Deus talvez tenha testado os irmãos. E a reação de Caim após a rejeição do seu sacrifício refletiu seu verdadeiro espírito. Em vez de procurar uma resposta "acendeu-se muito a ira de Caim e seu semblante começou a descair"(Gênesis 4:5). Sua revolta revelou suas intenções violentas e seu caráter deturpado. Todos temos um Caim e um Abel dentro de nós. Irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, porém distantes nas atitudes. Um não reconhece o outro. Caim se olha no espelho, mas não vê Abel. E Abel quando pensa em si não sabe que é também Caim. O autocontrole é a chave. Não se pode transformar Caim em seu irmão Abel. Apenas podemos deixá-lo preso. E com o tempo cuidar para que ele se dissolva no ar, desapareça. Sabendo da atitude de Caim, Deus o aconselhou, dizendo: "Por que se acendeu a tua ira e por que descaiu o teu semblante? Se te voltares para fazer o bem, não haverá enaltecimento? Mas, se não te voltares para fazer o bem, há o pecado agachado à entrada e tem desejo ardente de ti; e conseguirás tu dominá-lo?"(Gênesis 4:6,7).
O livre-arbítrio é um poder extraordinário. É como um "windows" do nosso sistema operacional racional. E é uma ferramenta constantemente atualizada pelo tempo e pelas nossas experiências. Mas saber o que é certo e o que é errado é apenas o começo de tudo. Às vezes nem é preciso ler a mente ou usar a telepatia. Os nossos atos traduzem muito do que pensamos.
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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mais louco é quem me diz que não é feliz...


Ser feliz do seu próprio modo, não como muitas pessoas são, que precisam daquele mundo de coisas, acessórios, bugigangas e tranqueiras. A felicidade não é um produto pronto e nem o que faz as outras pessoas felizes nos fará feliz também. Felicidade é algo pessoal. Há uma felicidade para cada um de nós. Desde que tomei consciência da transitoriedade da existência passei a respirar mais aliviada. A minha felicidade é sentir que há uma margem de segurança, para não passar por necessidades ou sofrer com uma eventual escassez de recursos. E que eu tenha sempre saúde para trabalhar. O resto que vier a me ser acrescentado é lucro e com lucro o que a gente faz Reinveste. Investe em si mesmo, para melhorar o nível educacional, cultural e de saúde. Investe na família da gente que é um dos nossos maiores bens juntamente com a nossa vida. A satisfação não convencional, mas alternativa, nos leva a outros paraísos. Ser feliz não é uma obrigação como o mundo capitalista teima em nós vender essa idéia. A felicidade é uma conseqüência do nosso empenho em alcançá-la. Ser feliz é uma batalha psicológica, porque tem dias que nos amamos e tem dias que nós odiamos, é uma batalha espiritual, porque temos dentro da gente duelando o bem e o mal. Ser feliz é uma guerra que dura do primeiro instante de vida até o último. E é uma guerra que jamais se vence, porque não se é feliz para sempre. E ter paz não é possível porque estamos em constante luta por dentro. Só se tem paz quando se morre. Por isso sempre quando desejo algo de bom para alguém não desejo paz, desejo é força para enfrentar o que vier, porque sempre virá, desejo é força interior, e que esse alento, essa gana, essa garra venha de onde vier, da fé, do amor, da dor seja o suficiente para vencermos qualquer adversidade. Quero agradecer por esse ano de vida, gratidão pelas amizades, reconhecimento pelo amor, pela família, por Deus, pela intensidade dos dias e pela calma das noites. Foi um ano bom, mesmo com tanta coisa complicada. Quero desejar um ano novo pra ti, 2009 será bem parecido em muita coisa com 2008, mas para as coisas novas que nele vierem, boas ou más, desejo que dentro de você haja contentamento e gratidão para se alegrar com o positivo e vigor para combater o que tiver sido negativo.Enfim tudo de bom pra você e pra mim, neste ano que se inicia....(¨,)