quarta-feira, 22 de julho de 2009

Isso é o melhor que você pode fazer?...


Em que neurônio terá nascido esse meu pensamento? Essas palavras são um veiculo extracorpóreo de mim, pois sou uma criatura sensível que pensa. E meus pensamentos ás vezes ficam lá rodando no automático. Por isso preciso urgentemente adminis­trar com mais cuidado o que acontece no interior da minha cabeça. É a minha vulnerabilidade maior. O lado direito do meu cérebro fica falando assim pro esquerdo, “Isso é o melhor que você pode fazer?”, o hemisfério direito quer dominar, não quer repartir o território do meu pensamento. Mas os arquivos da minha memória não podem ser manipulados por nenhum dos dois. Afinal em que parte das minhas lembranças eu terei me perdido? Estou no comando de como escolho perceber minha experiência de vida? Não sei. Ás vezes sofro, me sentindo sólida, separada do resto, então preciso verbalizar, liquifazer o meu ser, decompor as paredes e iluminar o interior. Os dois lados da minha mente não deveriam lutar um contra o outro, deveriam colaborar. Mas a minha personalidade do hemisfério direi­to é a parte incontrolável, potencialmente vio­lenta, imbecil, desprezível e ignorante, que sequer é consciente de sua própria existência. A personalidade do hemisfério esquerdo é lingüística, racional, sagaz, e é o assento da minha consciência. A cabeça fica dizendo uma coisa, enquanto o coração fala exatamente o oposto. É a mente sensorial contra a mente intuitiva, é a mente julga­dora contra a mente perceptiva. Elas estão lutando o tempo todo uma contra a outra. De que lado eu estarei agora?
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