quarta-feira, 29 de julho de 2009

Viver sem pele, existir com alma...


Assim é o meu caminho, portas que se fecham, janelas que se abrem, rios que correm mansos em sua superfície, mas com correnteza forte em seu interior. As etapas que não atravessei ou pulei, percorri inteiras, os ciclos que se acabam e os novos horizontes que se descortinam. Não sei o que me espera na próxima curva, mas caminho assim mesmo em sua direção. Não saberia viver se não fosse dessa forma, da minha maneira, de como experimento o mundo. Existo aqui, tenho o meu lugar, a minha importância, e procuro representar a minha existência da forma mais plena possível. Descobri o que me faz feliz e para minha sorte são coisas simples e que não são tão complicadas de se conseguir. Assim é a minha estrada repleta de trevos, desvios e encruzilhadas, ao optar por uma das trilhas tenho que apagar da minha mente a outra que não escolhi, acredito num destino final. E o meu caminho sendo um eu sou duas. Do lado direito sou aventureira, sensível, intuitiva...lá minha consciência se eleva pelos sentimentos, ela está sempre presente, mas se perde no tempo e em suas divagações. O lado direito honra a minha vida. Do lado esquerdo sou comedida, tímida, controlada...eu fico calculando, criando os limites e analisando as possibilidades. Eu o uso para me comunicar, para transmitir, para expressar minha identidade. O lado esquerdo preserva minha existência. O lado direito quer que eu permaneça assim como sou, o esquerdo que eu me torne uma pessoa comum. Por isso toda vez que abro os portões dos jardins da minha mente minha pele desaparece.
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