quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Busque a conscientização!


Não vivemos mais no século XIX, onde o Universo era visto como algo separado do ser humano. Hoje, já podemos entender que o Universo é vivo e se expande infinitamente, envolvido por todo tipo de vibrações e partículas, e que fazemos deste mesmo Universo.O século XXI será o século da conscientização da quadridimensionalidade da existência. A ciência já começa a provar isso com a teoria do Universo Holográfico. Somos um sistema biológico participante, conectado e funcionando dentro da biosfera deste planeta, interpenetrados e influenciados pelas energias ao nosso redor. Cada planeta tem uma energia específica e hoje vamos falar um pouco de Marte, que na mitologia é considerado o deus da guerra, do combate e da luta, e, a partir desse simbolismo, poderemos aprender algumas coisas.Quando passamos por algumas provações ou quando o Universo começa a nos negar aquilo que lutamos para conseguir, inevitavelmente ficamos furiosos, agressivos e, na maioria das vezes, não conseguimos lidar de uma forma positiva com esses sentimentos. Mas, se pararmos um pouco e refletirmos, poderemos aprender que guerra, luta e combates podem ter vários significados.Na mitologia grega, esse deus era conhecido como Ares, o Grego. Na verdade, ele era odiado pelo seu povo, pois não era nada além de um deus de guerra, com um ódio sangrento dentro de si. Era cruel e muito pouco inteligente, agia sempre por impulso, sem reflexão alguma antes de qualquer atitude. Esse deus possuía dois escudeiros: Deimos, que significa medo, e Phobos, que significa susto. Esses, aliás, são os nomes das duas luas do planeta Marte. Possuía também dois companheiros inseparáveis, que se chamavam Eris - que quer dizer luta - e Enyo, que significa destruidor de cidades. Ainda era seguido por um grupo denominado Kares, que significa "aqueles que gostam de beber o sangue escuro dos que estão morrendo". Esse deus sem cérebro foi concebido num momento de ira e vingança de sua mãe, Hera, quando soube que Zeus, seu marido, havia concebido Atena sem sua participação, pois Atena nasceu já adulta, da cabeça de Zeus, que é considerado o princípio da mente humana, um doador de luz. Portanto, Ares é filho do ódio e do rancor de Hera.O mesmo deus é visto em Roma, com o nome de Marte, o Romano, e com uma definição bem diferente daquela dada ao deus grego. Os romanos viam algo de muito positivo em Marte, pois este era um deus que usava o cérebro antes de agir. Não era possuidor de um ódio cego e indiscriminado, não era explosivo. Possuía também dois escudeiros, mas bastante diferentes de Ares. Eram Honos, que quer dizer honra e Virtus, que significa virtude. Ou seja, o Marte romano era acompanhado pela honra e pela virtude.Ele se firmava e lutava pelo que queria de maneira honrosa e virtuosa. É claro que também podia matar, caso alguém viesse a obstruir a realização de seu destino. Mmas, de qualquer maneira, esse deus é visto pelos romanos como a força e a coragem de lutar pelo que queremos e pelo que somos. Parece surpreendente, mas quase nunca nos ensinam que a agressividade e a raiva, quando bem direcionadas, são fundamentais para nossa sobrevivência.Parece que em nossa cultura, o único significado que ela tem é de algo nocivo e destrutivo. Essa energia nos empurra para frente, nos faz querer, ter vontade, determinação, nos afirma e nos realiza como indivíduos. É bem verdade que esse impulso pode se tornar cego muitas vezes, cheio de rancor e ódio, e nos dominar. Mas também a raiva pode ser uma boa forma de andar para frente quando direcionada para a destruição e transformação de antigos padrões de comportamento, pensamentos e até de sentimentos que já não funcionam mais, ou seja, aquilo que não nos traz equilíbrio e tranqüilidade.Precisamos aprender a refletir e a reavaliar nossos comportamentos em algumas situações limite. A agressividade é um componente inato na constituição biológica do ser humano e é uma parte que, quando negamos, pode nos trazer algumas complicações. Quem sabe se olharmos de frente para essa bomba relógio que temos dentro de nós, tendo a coragem de colocar em cheque nossa auto-imagem, poderemos ter uma visão mais abrangente do que somos.Enfrentar nossa raiva e rancor é entrar em contato com sentimentos mais profundos e pouco agradáveis como a rejeição, o abandono, a castração, a humilhação e conseqüentemente enfrentar todo ódio, culpa e muitas vezes a condenação de nossos instintos.A agressividade é uma tendência inata que temos para dominar a vida e nos afirmar. Ela nos dá capacidade de construir, de nos apaixonar. Mas quando nosso desejo de crescer, de progredir e andarmos para frente é obstruído, quer pelos outros ou por nós mesmos, nos tornamos desequilibrados, cheios de rancor e raiva e começamos a agir como Ares, o irracional.Portanto, dirigir sabiamente nossa agressividade é uma tarefa muitas vezes difícil, mas necessária se quisermos crescer neste pequeno mundo que existe ao nosso redor.

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