Nos últimos tempos tenho pensado muito sobre a reconstrução. Uma nobre lição que por vontade própria ou pelos empurrões da vida, somos convidados a aprender para que novos ciclos se abram. Reconstruir nossos caminhos, reconstruir nossos corações, refazer nossos sonhos e continuar a andar mesmo quando não sentimos que a fé necessária nos acompanha. Mas a fé é o amor pela grande aventura que é a vida. E é essa energia que se torna a própria força universal, cósmica e espiritual que se manifesta a todo instante para que encontremos nossa felicidade pessoal.Os grandes mestres de tradições ocultas, os sábios que guiam a humanidade nos ensinam que reconstruir um caminho é transformar-se por inteiro, deixar para trás velhas crenças, antigos hábitos... É abandonar uma vida que não nos pertence mais. Quando insistimos em carregarmos o que não nos pertence mais, criamos karmas desnecessários, os passos na caminhada ficam lentos e árduos, o sofrimento pesa como um fardo. Apenas quando aceitamos o novo e nos encorajamos a vencer os desafios da nova jornada é que nos fortalecemos verdadeiramente, renascendo e reconstruindo. O princípio de tudo é a transformação. Na natureza é assim: tudo nasce, cresce, morre e se transforma para depois renascer de uma outra maneira. Com nossos caminhos não é diferente, já que somos a própria manifestação da natureza. Estamos sempre nascendo, morrendo e renascendo para desabrochar em nosso mais profundo íntimo, uma nova forma de existir. A reconstrução é a bênção que os deuses nos concede para que nós, nessa caminhada tão humana, tenhamos uma segunda chance, uma nova oportunidade para prosseguirmos em direção ao Sol.
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