segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Tributo ao grande retorno...


O círculo de almas em prece se fecha. Mãos que se erguem na busca da luz. Sonhos interrompidos de Panteões esquecidos. Vórtices de energias múltiplas se impõem, entre pedras, sons e solfware. Arte e tradições se instalam. Legiões de Deuses na conjugação céu, terra, e lua, da cripta para a vida. A Senhora da Noite se faz anunciar sob trombetas de ships. Infelizes algozes te prenderam nas sombras. Hoje vinde a luz elevando seres, que dançam , cantam e oram. Já vai longe o inverno tenebroso, dos sonhos desfeitos, prazeres esquecidos, corpos queimados. A fértil Primavera chega plena de luz e cores em brisa de Paz. Vem Mãe ! Varre egos, idéias descabidas, preconceitos e temores. Envolve prados, campos , vales e cidades com teu manto de puro amor. Permita que a Mãe Lua, acorde os que ainda dormem sobre a sombra dos patíbulos. Permita-nos louvar a tua beleza e abundância Senhora das cores. Agrega teus filhos conduzindo-os pelos caminhos da humildade por entre o vale do Poder. Toma teu sagrado cajado em punho. Ergue-te! Coroa Aquários a ti mesma de Polo a Polo. Torna o sol, teu consorte, paraninfo da terra. Desnuda definitivamente a magia da dor do parir. Busca nas entranhas da tua grandeza, a gloria do feminino. Induz a mulher para a percepção dos teus afetos. Converte-a, ilumine-a, desperte-a. Que taças e espadas se cruzem, pelo amor. Que caldeirões fumeguem porções de acalanto e cura. Que de templo em templo se eleve um culto, um brinde, um altar. Que versado em flauta doce o nome de Pan ecoe. Que clarões cintilem fogueiras sagradas em momentos festivos. Que revendo o fogo divino, não se escorra lágrimas de sonhos não sonhados. Que se instalem quermesses, com tortas de morangos e nozes. Que se desfraldem bandeiras, entoando hinos sonoros. Que soem trombetas eletrônicas, não importa o quanto. Que batuquem tambores e acendam velas. Que se espalhe incensos de aromas diversos. Que se jogue arroz em chuva de sorte. Que alardem o sinos em badaladas precisas. Que se grite aos sete ventos por céus abertos e luas cheias. É chegado o momento; a Grande Mãe voltou!

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