quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A defesa da poetisa...


Eu tento me amar, eu tento desesperadamente me amar, me querer, me desejar, eu tento me amar por tudo que sou. Mas acabo me odiando no momento seguinte pelo o que eu poderia ter sido. Eu quero me amar por de trás de todas as aparências, eu quero me amar pelas minhas virtudes, eu quero esquecer das minhas faltas porque sei que luto por acertar nas próximas oportunidades. Eu quero me amar não fisicamente, porque sei que não é o meu físico, mas a minha alma que é a verdadeira beleza de um ser. Eu quero me amar pelos meus sonhos inúteis, pelas minhas esperanças tolas. Eu quero me amar para não me afogar nessa mar de equívocos. Eu sou poetisa e sofro por sê-la porque somos seres inconformados, temos o espirito todo marcado, alguns de nós tem feridas na alma, choramos rios de lágrimas e rimos quilômetros de gargalhadas, vivemos tudo intensamente, dramaticamente, estamos fora de si o tempo todo e quando nos encontramos com nós mesmos escrevemos poemas, desabafos, memórias e esquecimentos. Sendo poetas descobrimos como é ser outra pessoa. Escrevemos porque precisamos respirar e o nosso ar vem dessas inspirações. Eu caminho tentando vencer o mal com o meu bem. E com esse caminho pelo qual a minha alma vem em minha fronte ostento um sorriso e um choro, sim sou poetisa e digo isso com orgulho.

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