quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Sou uma alma que tem um corpo!

Não sou um corpo que tem uma alma, sou uma alma que tem um corpo. Quando tomei o meu banho de hoje senti a água morna percorrendo a minha pele, esfreguei as mãos pelo corpo, como se quisesse não só lavar o que tinha por fora, mas também o que tenho por dentro. Sentada a beira do caminho eu vislumbrava as três estradas que tinha a minha frente. A do meio era a mais simples a seguir. Bastava deixar tudo como estava e continuar o caminho sem desvios. A estrada da direita era a estrada da razão. Somar, deduzir, planejar. Por esse caminho eu teria que seguir roteiros, abstrações matemáticas, riscos calculados. A estrada da esquerda é a estrada dos sentimentos, aquela que me levaria pelos infortúnios da paixão ou pelas possíveis certezas de um novo amor. Não seria nada fácil seguir por esse caminho tendo no peito um cemitério de paixões.Todos nós somos como as estações do ano. Não sei como vou acordar amanhã. Hoje acordei inverno e por isso escolhi o caminho do meio.