quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Vilarejo espelhados!

Bom saber que, aos poucos, outras inquietações se unem às minhas e, como peças de um quebra-cabeça, por mais estranho que ele pareça, vão dialogando, procurando sentido. Bússolas incansáveis. Bússolas não-solitárias. Como bem disse uma amiga: "Todos temos as nossas inquietações e nossos vilarejos secretos. Qual será o seu, qual será o meu??? Somos uma incógnita, nos procuramos, nos buscamos, às vezes nos encontramos, mas às vezes não. O importante é termos a certeza de que existimos para um fim, e que Deus nos criou para sermos felizes."
Fiquei com a pergunta ecoando em mim e desconfio de que o meu vilarejo nem é tão secreto assim, é transparente, feito a água cristalina que corre no rio que passa praticamente ali na minha porta. Retiro tudo o que preciso da minha própria horta, com todo mundo podendo ver. Às claras, às escuras. Sem vergonha, sem pudor, sem incômodo, sem temor. Cada um, a princípio, tem permissão para percorrer cada espaço, cada cômodo meu, mas... só quem traz um vilarejo sincero e não pré-fabricado é que consegue olhar no espelho e ver tudo, tintim por tintim, até o fim, porque, no fundo, todo mundo acaba sendo um pouco reflexo do outro...