segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O amor na contramão!


Não tenho nenhuma dúvida de que o amor está na contramão. Grande parte da humanidade está vivendo de uma maneira, num certo ritmo, que não combina com o amor. A gente não tem tempo para nada, sempre atrás do dinheiro, ocupado com o trabalho, preso no trânsito, estressado de alguma forma. E para amar você precisa de paciência, calma para sentir, tempo para se dedicar à relação, sutileza e cuidado para com o outro.
Vivemos em grandes centros urbanos, onde você nem sempre conhece o seu vizinho. As relações são cada vez mais impessoais. O sentir vai sendo "deletado", e nada é tão interessante para tocar o seu coração. Cenas e cenas de um cotidiano brutal nos faz acostumar com a ficção de um Blade Runner que virou realidade. A indiferença cresce e o compromisso é encarado como pura mão-de-obra.
Cada um fica na sua, tentando se tornar alguém apetitoso num grande supermercado do sexo. Os valores materiais estão em alta: academia, silicone, o ter e o não ter. Mas o amor precisa antes de mais nada que você seja. E isso é o mais difícil. Para ser, é preciso sair de toda essa roda-viva e se consultar; é preciso entender a sua natureza, que você é único e que o outro também o é.
Amor não combina com indiferença, pois deve levar a outra pessoa em consideração; ir na contramão da frieza, da intolerância, do egoísmo, do materialismo.
Quero refletir, junto com você, a respeito de uma forma de abrir nossos olhos e a nossa consciência para que possamos amar de um outro jeito. Agora, fora do trilho do certo e do errado, mas, com certeza, com muito mais autenticidade.