terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O início...


"Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira".
(Mario Quintana)

O inicio de tudo parece um começo, mas nem todo principio surge assim do nada, ele é apenas um disfarce de novidade, porque há uma história antecessora, um alicerce já estava lá esperando pelas colunas que um dia seriam construídas. Depois que começa e o tempo vai passando o que era novo logo vai ficando velho, aliás muita coisa já estava mesmo ali, mas com a mudança tudo parece renovado. Imaginamos seguir em linha reta em direção ao que amamos, mas no final do primeiro mês nos enganamos, há muitas curvas, desvios e despenhadeiros nesse caminho. Para os insensíveis o vil metal é o bastante. Mas para os replicantes, os apaixonados, a vida, preciosa, quando mais vivida, mais valerá. A cidade é umas das mascaras do tempo, tenta determinar os destinos de seus terceiros, moradores ou personagens que lutam por controlar seu próprio rumo. Mas neste ano, sou eu, primeira pessoa, moradora ou personagem que se lança à cidade, percorrendo uma jornada que se torna metáfora de minha própria autodescoberta.
...(",)