terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Saco cheio de tudo...


Tem uma hora que enche. Enche o saco, tudo enche o saco. Enche o saco fazer esforcos, porque todos parecem inúteis. Enche o saco acordar e olhar para o teto e ver a mesma coisa, ou olhar para o lado e nao ver nada, ou ver algo que nao deveria estar ali. Enche o saco não ser ruim o suficiente para parar e nem boa o suficiente para continuar. Explode a paciência fazer tudo pela metade, saber tudo pela metade. Quero fumar, mas não vou fumar. Quero beber, mas não posso beber. Porque tem uma cenoura na minha frente. Quero comer chocolate, mas não posso comer chocolate, senão a cenoura vai embora. Quero correr, mas tem uma porta enferrujada no caminho. Quero dormir, mas preciso escrever, e se eu dormir, nao vou acordar, e preciso acordar, e preciso decidir se vou, se fico, se fujo, se volto, se sigo as vozes da minha cabeca que nunca se calam. Não quero precisar. O problema é precisar. Eu preciso é... sair daqui.
...(",)