quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pouco tempo...


Poucas palavras, muitos pensamentos, pouco tempo, muita inspiração, estes desencontros como pedras no caminho, mas apenas pedras, possíveis de ser contornadas, roladas ou explodidas. A noite me faz ter a sensação que sou fantasma, que sou sozinha ou que talvez eu seja apenas um sonho de outrem, que eu seja imaginação de alguém, quem sabe de mim mesma. Como se eu nunca tivesse sido vista por ninguém. Frustrações, decepções e euforias, todos orbitando ao redor da minha cabeça, ser eternamente o mesmo é insuportável, graças a Deus estou em constante construção, hoje sou, amanhã ainda serei, diferente. Não tenho medo de mudar, porque devagar, bem devagar, o tempo que parece instantâneo, está a nos enganar, transforma tudo, tudo, tudo nele mesmo. O amor, este sentimento doce, transforma-se em tempo. A dor? O desejo? A juventude? O medo? Transformam-se em tempo. Dia menos dia, ano mais ano, tudo que é mais profundo ou superficial, se transformará em tempo. E o que restar de toda essa passagem, esse ciclo, esse processo, lá no final, será a sua alma.
...(",)