segunda-feira, 11 de maio de 2009

Há tempestades que não podemos prever...


Estou numa fase da minha obra e do rio da minha vida onde a literatura e a realidade, o conhecimento e a sabedoria estão todos abraçados. Através do fogo eu tenho deixado de ser joio e me tornei trigo. Matéria do pão que alimentará a minha alma pra sempre. E por ser assim, tudo misturado e conectado, não tenho vergonha de expressar meus sentimentos. Há quem diga que não devemos nos expor, que não devemos mostrar por que isso nos enfraquece e que pode ser a porta de entrada para pensamentos ruins de pessoas estranhas. Mas eu sempre vivi numa concha, eu sempre me escondi, me protegi e o que eu ganhei com isso? Nada, absolutamente nada. Isso serve pra mim, talvez não sirva para outras pessoas, para mim serve sob medida. Meu coração está aberto e quem vier virá justamente por isso. Por mais que se queria criar proteções e abrigos “há tempestades que não podemos prever” e mesmo que tenhamos construído fortalezas haverá um momento que estaremos desprotegidos e seremos atingidos sem piedade. Por isso uma onda grande me acertou e eu parti a casca da minha concha, liberta me tornei uma nuvem que vaga pelo céu. Uma nuvem morre ao se transformar em chuva, mas o amor nunca morre, ele se transforma. A palavra-chave que abre as portas desse meu novo caminho agora é “transformação”.

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