quinta-feira, 14 de maio de 2009

Velas ao vento...


O meu barco já partiu, soltei as amarras do cais com lágrimas nos olhos, deixar a terra firme sempre me dá um aperto no coração, mas o mar me chama e eu tenho que atender seu chamado, sei que vou enfrentar noites de tormenta e dias de calmaria, mas meu veleiro e eu sua marinheira e capitã estamos prontos para tudo. Quem olha para nós por fora não imagina a fortaleza que temos por dentro, o barco é feito de madeira sólida, de árvores antigas e que hoje se orgulham de ser este belo veleiro. E eu essa franzina mulher sou revestida e animada por uma alma muito maior que qualquer corpo. Enquanto o vento infla as velas brancas como se elas fossem as cortinas daquele meu quarto de criança, de quando tudo me fazia sonhar, as ondas vão batendo no casco, as gaivotas acompanhando meu rumo, os golfinhos pulando pertinho da proa, fecho meus olhos e sinto o sol tocando meu rosto com carinho e falo com Deus: “Ao elevar meu pensamento a ti eu quero ir junto com ele, quero tocar os céus, eu quero ser usada por ti como uma mártir não pela dor, mas pelo amor.. por pessoas sensíveis para que amanhã o mundo seja feito por pessoas menos cruéis, menos materialistas e mais voltadas para os bens invisíveis que uma alma conquista através de sua existência. O meu caminhar é cheio de recomeços e de ciclos, o símbolo de meus sentimentos é o romantismo de pés no chão, mas com as mãos no céu, porque amor não é cálculo ou formula, ele age de acordo com cada coração. E no meu coração é assim que ele age. Não importa o que aconteça, o amor sempre vencerá no final.
...( ¨, )