domingo, 7 de outubro de 2007

Contra o tempo...


Parece que nada posso contra o tempo. Por isso essa noite acho que só de pirraça sonhei que voava. E pelos meus próprios caminhos consegui alcançar as nuvens. Toquei-as com as mãos. De perto elas são tão brancas quanto como as vemos do chão. Pensei que a qualquer momento fosse encontrar algum anjo. Quem se alimenta de instantes vive bem o momento. Contra o tempo não posso nada, por isso sonho. "E quem pode dizer aonde vai a estrada? Para onde vão os dias? Só o tempo". Contra o tempo..a minha única arma é o sonho. E o faço mesmo de olhos abertos quando não posso dormir. Com esses olhos castanhos vagos que tenho. Contra o tempo sonho sem dó nem piedade. Pois ele quer é me rasgar o peito, ele quer é me roubar os sorrisos, ele quer é me matar aos poucos, me encher de avisos, ele quer é nos deixar todos loucos. E ás vezes, tantas vezes ele consegue isso. Sou grata ao meu repertório de imaginações que me salva desse deserto seco e feio que me rodeia todos os dias. Sou abençoada por ser a narradora da minha história pois transformo todos os acontecimentos, acontecidos ou imaginados, em palavras ao vento. Faço as pessoas saberem quem sou e, de alguma forma digo a elas quem elas são. “Viva sua vida como se ela fosse o objeto de um romance.”