sábado, 13 de outubro de 2007

O Encontro...


Depois de tanto tempo de espera finalmente o dia do encontro havia chegado. Exaustivamente esse dia foi sonhado de lado a lado.Combinaram até a cor da roupa que usariam naquele dia.Ele usaria azul e ela iria de branco.Todos os detalhes já haviam sido imaginados, mas faltava a confirmação.Embora tivesse certeza do que queriam e do que sentiam era preciso sublimar aquele sentimento.Quando ela subiu no avião suas pernas tremiam.Em questão de horas, estaria na mesma cidade dele.E apesar de terem se visto por cam, por terem se falado ao telefone tantas e tantas vezes, havia naquele encontro algo inédito.Nada substitui a pele.Sua vida depois desse dia seria dividida em duas, em antes e depois daquele encontro.Quando marcou a data já não agüentava mais adiar, precisava de toda as formas sentir com a boca o gosto dele.Quando desceu do avião naquela manhã de muito sol sentia uma adrenalina tão forte como aquela que sentiu aos 12 anos quando descobriu o amor.Mas ao mesmo tempo sabia que caso algo desse errado seu coração estaria tranqüilo, ela estava fazendo tudo ao seu alcance para que, aquele amor se concretizasse.Não precisava de palavras, pois aquela era a poesia dos seus atos.Ela então vai ao ponto determinado do encontro, enfrente ao prédio tal.Estica uma toalha pra marcar o seu local de espera.Toalha verde para dar sorte escolheu numa loja do aeroporto antes de pegar o vôo. O sol brilhando no céu.As pessoas passam caminhando tranqüilas, o sorveteiro grita chamando a atenção da clientela, as crianças correm em algazarra..e ela lá sentada esperando, esperando, com o coração na boca...A hora combinada estava passada em 20 minutos.Faltavam dez para as onze da manhã.Pensa consigo: “Ele está atrasado, mas amor como esse nunca chega na hora marcada”.O olhar dela foi perdendo-se nas ondas e no horizonte.Meio-dia, nada dele aparecer, lê um livro, tenta disfarçar a angústia.Mas por melhor que a história fosse não conseguia prender sua atenção.Seus pensamentos a essas alturas estão em ebulição: “Será que ele não vem?”.Por vários momentos vê moços muito parecidos com ele e pensa: “É ele, é ele!”.Mas é tudo alarme falso.Alguns até caminhavam em sua direção, mas depois desviavam, abraçavam outras moças.Nunca a espera foi tão longa.Milhões, talvez bilhões de pessoas no mundo odeiam esperar.Mas aquela espera não era uma espera comum.Esperava pelo homem da sua vida chegar.Duas horas da tarde.Seu bronzeado já está uma maravilha, sente fome e come um sanduíche natural.A essa altura já quase não acredita mais e diz pra si mesma: “Ele não vem”. Três horas da tarde.Pipas voando no céu.Ali do lado paqueras rolando.Mesmo restando-lhe muito pouca esperança, ainda acredita.Deita na toalha verde esperança e acaba adormecendo.Quando acorda o sol já está se pondo.Ele não veio mesmo.Começa a se levantar, recolhe a toalha esperança, voltará para casa no vôo mais próximo que conseguir. Mas dá uma última olhada para o horizonte.Tem um moço lá olhando fixamente para ela, será que é ele?Se eles se encontram ou não ainda não sei, narro essa história porque fui de máquina do tempo ao futuro, porém voltei antes do fim...