terça-feira, 13 de novembro de 2007

Esquecimento...


Sobre o que eu ia escrever mesmo?...hummm, deixa eu ver, ah lembrei! O esquecimento é uma das muitas contingências da alma, é um estado mental que ás vezes nos castiga e outras nos poupa de uma dor. É preciso semear a memória para que não cresça o esquecimento, porque até o esquecimento faz parte de nossas lembranças, algumas coisas você esquece para sempre, mas outras de vez em quando você lembra. O esquecimento é visto cientificamente como um fenômeno em que há uma incapacidade de lembrar informações que estavam disponíveis anteriormente para serem recordadas. Quem já não se viu as voltas com os lapsos de memória que nos colocam em situações embaraçosas e os famigerados “brancos” que nos assombram em provas e coisas que o valham? Você já passou pela situação em que você é apresentado a uma pessoa nova e depois numa segunda oportunidade ela não se lembra de você e resolve apresentar-se novamente ou pior ainda, quando você encontra a mesma pessoa pela segunda vez e não se lembra do nome dela? A memória prega muitas peças na gente, mas e o esquecimento? Acredito que assim como a memória tem o seu papel importante na nossa existência o esquecimento também se faz necessário para o nosso perfeito funcionamento, ele teria a função de descartar coisas que não nos servem mais ou que nos machucam e não nos fazem o bem. Imagine se você fosse capaz de lembrar tudo, tudo que você já viveu, certamente você seria um escravo de si mesmo e não conseguiria assimilar o novo por já estar cheio do velho, esquecer também tem suas vantagens. Comparo a minha mente a uma gaveta onde vou guardando tudo que eu vivo, as lembranças mais antigas ficam lá embaixo enquanto as novas ficam em cima, de vez em quando tenho que limpar a gaveta e jogar fora o que não me tem mais utilidade, reviro a gaveta e acabo encontrando as velhas lembranças que estavam lá embaixo e misturo com as novas e só jogo fora aquelas que não quero mais. Existem pessoas que tem memória seletiva e só se lembram daquilo que tem maior relevância para si desprezando aquilo que não teve muita importância, não é muito o meu caso, pois tenho uma boa memória e um mau esquecimento, o passar dos anos me ensinou a ter um relacionamento cordial com as lembranças, considero todas elas como lições e o alicerce do meu presente e do meu futuro. Sobre o esquecimento do que foi bom para nós é o que devemos meditar, muitas vezes só temos olhos para lembrar os pontos negativos e esquecemos de lembrar das coisas boas que fizemos e nos fazem...