terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Capitã da minha alma...


“Não importa quão estreito o portão/Nem quão pesado os ensinamentos/Eu sou o mestre do meu destino/Eu sou o capitão da minha alma” (Do poema “Invictus” de William Ernest Henley, poeta inglês)
Eu não sabia muito bem quem ele era, mas somos parecidos e por isso preenchi o que não sabia da história dele com pedaços de mim. Na verdade não importa muito a identidade, mas o conteúdo. As minhas possibilidades de ser feliz a cada dia se renovam, descubro um cheiro novo, um mistério, uma nuance da minha personalidade, da minha psique onde estão minhas fraquezas e também todas as minhas forças. Imagino-me como um país, uma nação onde seu povo sou eu mesma e com o passar do tempo, após a descoberta (meu nascimento), veio à colonização (minha educação), e aí o grito de independência, os períodos de ditadura e guerras até chegar ao tempo da democratização. É isso que vivo atualmente, o processo de democratização da minha existência, um estágio avançado da minha civilização onde hoje eu sou a capitã da minha alma. E esse processo de amadurecimento me amedronta e me martiriza, tenho que buscar inspiração e entusiasmos na experiência que já tenho, pedir conselhos as árvores antigas do meu jardim do conhecimento pra chegar a alguma conclusão e daí sim seguir o caminho. A salvação é pelo risco.
...(",)