sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Nos encontramos de novo...


Um encontro como se fosse um parêntesis na vida, (nos encontramos de novo), o que escrevi o fez me amar de longe e a existência dele ao meio-dia varreu toda possibilidade de sombras sobre mim. Sou uma espécie de reflexo seu no espelho, da parte difícil, porém doce, da versão desesperada, entretanto que encontra calma na auto-analise e na reflexão. Eu sou o vento que sopra a seu favor. Nós somos muito diferentes um do outro. Eu sou a rainha de Sabá e ele o rei Salomão. Eu as águas de março e ele a fogueira de São João. Mas por trás deste mundo todo de aparências e diferenças tantas, existe uma atração preservada das traças da ferrugem e da maresia. As minhas cicatrizes se combinam tanto com as dele. Este é o meu corpo escrevendo, a cada dia mais lento, envelhecendo, descendo a ladeira, de cabeça erguida, mas dor nas costas, peso nos ombros. Eu jamais direi algo sem olhar em seus olhos, pois esse é o preço da pureza.
...(",)