sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Meu lado fatal...


“Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos.”
(Dizem, todos os blogs da internet que possuem essa citação, que esse fragmento é da Clarice Lispector)

Deve ser ali da jugular, do sangue que irriga meu nó na garganta, que vem e que vai, deve ser do lado direito do cérebro aquele da criatividade e que só se sensibiliza com informações novas e estranhas. Deve ser do meu lado fatal. Não aquele que mata ou morre, mas aquele que esmaga e escorre. O tempo é uma brincadeira de Deus com nós eternas crianças de luz. Por isso escrever é prolongar o tempo, é fazer de lágrima mar e da respiração vento, ás vezes não sou clara, mas nem por isso sou escuridão, só não acho que tudo tem que ser assim explicadinho, é preciso dar margem, não para a duvida, mas para a interpretação. Deve ter inspiração desse fragmento de verso de Manuel Bandeira (Testamento): (Mas trago dentro do peito/Meu filho que não nasceu) cheio de significados só esperando para serem vestidos pela consciência alheia, pelo entendimento de quem leu.
...(",)